A seleção brasileira masculina de vôlei está classificada para as semifinais da Olimpíada. Nesta quarta-feira, sem dificuldades, a equipe dirigida por Bernardinho avançou nos Jogos de Londres ao derrotar a Argentina por 3 sets a 0, com parciais de 25/19, 25/17 e 25/20, em 1 hora e 13 minutos, pelas quartas de final, no Earls Court.
Com a vitória sobre a Argentina, o Brasil vai brigar por medalha na Olimpíada pela terceira vez consecutiva. Nos Jogos de Atenas, em 2004, a equipe foi campeã, enquanto há quatro anos, em Pequim, ficou com a prata. Agora, o seu resultado nas semifinais determinará se disputará a terceira final olímpica seguida ou apenas buscará o bronze.
O Brasil chegou às quartas do torneio de vôlei da Olimpíada como segundo colocado do Grupo B, com vitórias sobre Tunísia, Rússia, Sérvia e Alemanha. O único tropeço foi diante dos Estados Unidos. Agora, após o triunfo sobre a Argentina, a equipe vai enfrentar nas semifinais, nesta sexta-feira, o vencedor do confronto entre Estados Unidos e Itália, que será disputado ainda nesta quarta.
O duelo desta quarta reeditou o confronto das quartas de final dos Jogos de Sydney, em 2000, quando a Argentina surpreendeu o Brasil ao vencê-lo por 3 sets a 1. Daquele jogo, três remanescentes se encontraram em Londres: Javier Weber, atual técnico dos argentinos, e os brasileiros Giba e Dante.
Outro trauma olímpico diante dos argentinos é de 1988, quando o Brasil perdeu a disputa da medalha de bronze nos Jogos de Seul ao ser batido por 3 sets a 2. Dessa vez, porém, a seleção brasileira não deu qualquer chance aos adversários, se impôs desde o começo e triunfou com certa tranquilidade, mesmo após perder Leandro Vissoto, contundido. Murilo, com 14 pontos, e Sidão, com 12 pontos, foram os destaques da equipe no triunfo.
O JOGO - A Argentina conseguiu equilibrar o início da partida, mas o Brasil foi ao primeiro tempo técnico com uma vantagem de um ponto (8/7). Depois, porém, a seleção de Bernardinho deslanchou. Com um saque forte, fez 11/7 e levou Weber a pedir tempo para tentar reorganizar a sua equipe.
A tentativa, porém, não surtiu efeito. O Brasil continuou soberano, com excelente aproveitamento no ataque. Assim, ampliou a sua vantagem, também em razão do bom desempenho no bloqueio, e passou apenas a administrá-la diante de um adversário que errou muitos saques. Antes do final do set, a equipe perdeu Leandro Vissoto, contundido. Mesmo assim, fechou a parcial em 25/19, com o último ponto sendo feito por Murilo, que marcou seis no set inicial.
Na segunda parcial, a Argentina foi ao primeiro tempo técnico vencendo por 8/7. Porém, como havia acontecido na primeira parcial, o Brasil voltou a se impor e, para isso, contou com o bom desempenho no ataque de Wallace, substituto de Vissoto. Assim, conseguiu abrir quatro pontos - 16/12 - na segunda parada técnica.
A Argentina facilitava a partida para o Brasil ao cometer erros em excesso. Em desvantagem, eles também tentavam forçar o saque em busca de uma reação. A estratégia, porém, não surtiu efeito e a seleção de Bernardinho fechou a parcial em 25/17, com o último ponto sendo feito por Sidão.
Como havia acontecido nas parciais anteriores, a Argentina esboçou equilibrar o duelo no começo do terceiro set. O Brasil, porém, foi ao primeiro tempo técnico vencendo por 8/7 e esteve quase sempre à frente, até pelo excesso de erros dos argentinos, mesmo que esta tenha sido a parcial mais equilibrada da partida. A seleção brasileira foi ao segundo tempo técnico novamente com uma vantagem mínima - 16/15.
No final da parcial, o Brasil voltou a mostrar superioridade, fez pontos seguidos e venceu com facilidade por 25/20 para fechar o jogo em 3 sets a 0 e seguir na luta por uma medalha em Londres. O ponto da vitória foi feito por Murilo.
Fonte: Estadão .com
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