PM trocou assento em que sempre viajava por atrasar compra da passagem.
Acidente na Rio-Teresópolis deixou 11 mortos e pelo menos 19 feridos.
"Tinha a janela de emergência do lado e eu consegui sair por ela", contou o PM, que está em observação no Hospital Municipal de Guapimirim, município mais próximo de onde ocorreu o acidente, e acredita que os feridos com mais gravidade estava nos bancos mais à frente.
Falha no freio
Peritos de Polícia Civil investigam se o ônibus, que caiu em uma ribanceira, teria perdido o freio antes do acidente. A falha técnica também é uma das hipóteses da causa do acidente, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A outra possibilidade é a de o motorista, que também morreu, ter passado mal.
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A linha de investigação da PRF é baseada em relatos de testemunhas, que
viram o ônibus, da empresa Auto Viação 1001, descer a serra na
contramão, com o alerta ligado. A técnica de enfermagem Sônia Tambara e o
aposentado Sebastião Tambara seguiam de carro para Teresópolis quando
viram o ônibus descer a serra na contramão. Sebastião diz que desviou,
mas mesmo assim o ônibus bateu na lateral do seu carro. O casal fez o
retorno para ir atras do ônibus e tentar pará-lo, mas não achou mais o
coletivo na estrada. "Descemos a serra até a delegacia e ao chegar lá
fomos saber do acidente", contou Sônia. "A gente ia bater de frente.
Descemos rezando o terço juntos."
Frente do ônibus destruiído entre as árvores (Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo)
Segundo peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, o
tacógrafo, que registra a velocidade do ônibus, marcava 80 km/h. A
velocidade máxima permitida é de 60 km/h. A polícia também afirmou que
não há marcas de freio.O onibus será levado para o pátio da empresa e lacrado ate a polícia ir ao local fazer uma perícia mais aprofundada. O caso foi registrado na 67ª DP (Guapimirim).
A 1001 informou que faz manutenção constante nos veículos e que vai investigar se o veículo acidentado havia tido o freio inspecionado recentemente. A companhia disse que vai divulgar o nome dos mortos nesta terça-feira (23) e disponibilizou para os parentes das vítimas telefones (0800 941 3334, (11) 5060-5610 e (11) 5069-1177) para informações sobre o estado de saúde dos internados.
Segundo o Corpo de Bombeiros, oito feridos foram socorridos pela corporação. A CRT, companhia que administra a rodovia, informa que socorreu outros 11. Os corpos dos mortos foram levados à noite para o Instituto Médico Legal (IML) do Centro do Rio. Segundo a PRF, 10 vítimas morreram no local e apenas uma morreu a caminho do hospital.
Segundo os bombeiros, os oito socorridos foram levados para o Hospital das Clínicas de Teresópolis (5 vítimas), o Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, na Baixada Fluminense, (1 vítima) e o Hospital Municipal Miguel Couto (2 vítimas), na Gávea, Zona Sul do Rio.
Carro que foi atingido por ônibus pouco antes de o
veículo sair da pista (Foto: Carolina Lauriano / G1)
De acordo com a CRT, os outros 11 feridos foram levados para o Hospital
das Clínicas de Teresópolis, Hospital Adão Pereira Nunes e Hospital
Municipal José Rabelo, em Guapimirim. Até 18h20, a empresa não havia
informado quantos feridos haviam sido levados para cada unidade.veículo sair da pista (Foto: Carolina Lauriano / G1)
A Secretaria municipal de Saúde confirmou a chegada de dois feridos no Miguel Couto, um homem e uma mulher. Ele é alemão, tem cerca de 50 anos e está em estado grave, com várias fraturas pelo corpo. Até 19h, não havia informações sobre o estado de saúde da mulher.
Segundo a Concessionária Rio-Teresópolis, a via chegou a ficar interditada por 35 minutos.
Segundo a assessoria da BR-116, não há indícios de outro veículo envolvido no acidente (Foto: Reprodução / TV Globo)
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