sábado, 27 de abril de 2013

Incêndio em hospital psiquiátrico na Rússia deixa 38 mortos

 

Segundo comitê de investigação federal, 29 das vítimas foram queimadas vivas; maioria dos pacientes estava sedada e em suas camas quando as chamas consumiram o prédio


Um incêndio que atingiu um hospital psiquiátrico ao norte de Moscou nesta sexta-feira (26) deixou 38 mortos. Segundo autoridades, algumas das vítimas estavam sedadas e em suas camas quando as chamas consumiram o prédio.
O hospital abrigava pacientes com sérias doenças mentais, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Uma autoridade do Ministério de Emergências disse que o fogo começou em um anexo de madeira e se espalhou pelo prédio principal, feito de tijolos com vigas de madeira.

AP
Funcionários do Ministério de Emergências e bombeiros trabalham no local onde ficava um hospital psiquiátrico atingido por incêndio na Rússia

A ministra da Saúde Veronika Skvortsova disse que metade dos pacientes toma sedativos durante a noite. Ela insistiu que os pacientes não estavam presos às suas camas e não tomaram nenhum medicamento que os deixassem inconscientes ou incapazes de fugir.
Ao menos 29 pacientes foram queimados vivos, disse Irina Gumennaya, porta-voz do comitê de investigação federal.
Segundo investigadores, 38 pessoas foram mortas, incluindo 36 pacientes e dois médicos. Eles afirmaram que uma enfermeira conseguiu escapar e salvar um paciente, enquanto outro paciente fugiu sozinho. O Ministério de Emergências publicou uma lista dos pacientes indicando que suas idades variavam de entre 20 e 76 anos. Gumennaya afirmou a agências de notícias russas que a maioria das pessoas morreu em suas camas.
O governador regional de Moscou Andrei Vorobyev disse que algumas janelas do hospital possuíam grades. Segundo Gummenaya, a enfermeira sobrevivente havia dito que as portas dentro do hospital, no entanto, não estavam trancadas.
Investigadores afirmaram que, provavelmente, violações na regulamentação de prevenção de incêndios e um pequeno curto-circuito seriam as possíveis causas do incêndio no hospital Ramensky, a 85 quilômetros ao norte de Moscou.
Vadim Belovoshin do Ministério de Emergências afirmou que os bombeiros demoraram uma hora para chegar ao hospital, porque a balsa utilizada para atravessar um canal estava fechada e eles tiveram que fazer um desvio. Voroboyev disse que o alarme de incêndio funcionou adequadamente, mas as chamas se espalharam rápido demais.
Skvotsova afirmou à televisão estatal que o hospital possuía todo o equipamento de incêndio necessário, mas admitiu que hospitais psiquiátricos deveriam ser melhor preparados para situações de emergência do que exige a lei atual.
O presidente Vladimir Putin pediu para uma investigação profunda sobre as causas do incêndio e pediu que autoridades regionais prestassem mais atenção às regulamentações de segurança.
Com AP              
 
 
Fonte: iG São Paulo

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