Enquanto o Senado e a Câmara ainda discutem a permissão para a produção e o porte de drogas para consumo próprio (PLS 236/12) no Brasil, pesquisadores britânicos e neozelandeses revelam estudo em que adolescentes que fumam maconha podem se tornar adultos menos inteligentes.
Os resultados, publicados na revista científica americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), apontam que o quoeficiente de inteligência, o famoso QI, sofre uma redução pelo uso contínuo da planta da espécie Cannabis sativa.
Foram avaliadas 1.037 pessoas (52% homens) nascidas entre 1972 e 1973 na cidade neozelandesa de Dunedin. A maioria foi acompanhada dos 3 aos 38 anos de idade.
De acordo com os autores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, da Universidade Duke e do King’s College de Londres, ambos no Reino Unido, o prejuízo psicológico e cognitivo – ligado a áreas como atenção, raciocínio e memória – é maior entre os usuários mais jovens.
Os pré-adolescentes também tendiam a se tornar usuários persistentes anos mais tarde. Segundo os cientistas, liderados pela pesquisadora Madeline Meier, os efeitos tóxicos da maconha sobre o cérebro continuaram se manifestando no dia a dia mesmo depois da interrupção do uso, de os indivíduos passarem por anos de educação formal e de evitarem outras drogas – incluindo as lícitas, como o álcool.
Os problemas cognitivos foram relatados também por pessoas que conheciam bem os voluntários. De acordo com os autores, como a interrupção ou a diminuição do consumo de Cannabis não foi capaz de restaurar completamente o funcionamento cerebral, isso pode estar ligado ao fato de a adolescência ser uma fase de grande desenvolvimento do órgão.
Os pesquisadores concluem, então, que deve haver um esforço conjunto para retardar o início do uso da maconha, na tentativa de minimizar seus danos à inteligência.
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Fonte: Verdade Gospel
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