Cinco trens de alta velocidade, 900 ônibus e inúmeros carros chegaram a Paris neste domingo (13) com manifestantes de toda a França para um grande protesto contra o casamento gay, uma medida controversa que o presidente François Hollande promete executar até junho. Os manifestantes deixaram cidades na província muitos antes do amanhecer, em direção a três pontos da capital francesa para as marchas, que convergiu para a Torre Eiffel no final da tarde.
Fortemente apoiados pela igreja católica, ativistas mobilizaram uma coalizão híbrida de famílias religiosas, políticos conservadores, muçulmanos, evangélicos e até mesmo homossexuais que se opõem ao casamento gay para a demonstração de força.
“Queremos que esse projeto de lei seja derrubado”, disse Patricia Soullier, organizadora do protesto, à BFM-TV antes de entrar em um trem em Montpellier, no sul da França, que seguia para Paris.
Centenas marcharam debaixo de forte frio contra a reforma, prometida por Hollande durante sua campanha eleitoral. Ele tem votos suficientes no Parlamento para aprová-la facilmente. O presidente enfureceu muitos opositores ao tentar passar a reforma no Parlamento sem muito debate público e vacilou sobre alguns detalhes da reforma.
O modo desajeitado como lidou com outras promessas, como o imposto de 75 por cento sobre os ricos que foi decretado inconstitucional, ou sua luta vacilante contra o desemprego crescente, azedou o humor do público. O grande protesto deste domingo é mais uma demonstração de que os problemas de popularidade do presidente se agravam.
O rosa e as cores da bandeira francesa – azul, vermelho e branco – predominaram entre os manifestantes. Eles carregam faixas com frases como “Todos nascidos de um homem e de uma mulher” e gritam frases como “Não mexa no casamento, cuide do desemprego” ou “Um pai e uma mãe são complementares”.
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Fonte: Veja e RFI
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