Suspeita é de envenenamento; ONG acredita haver mais óbitos.
Filhote órfão tem recebido atenção, já que perde peso rapidamente.
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Já são 14 exemplares de elefante-pigmeu-de-Bornéu (Elephas maximus borneensis) encontrados mortos por autoridades da Malásia no período de um mês, de acordo com o governo local que anunciou o novo número após encontrar nesta quarta-feira (14) restos de mais um animal morto.
A suspeita é que o espécime e os demais tenham sido envenenados. A preocupação é grande com o fato, pois a espécie é considerada ameaçada de extinção, de acordo com Laurentius Ambu, diretor do Escritório de Fauna no Estado malásio de Sabah, no norte da ilha de Bornéu.
Os maiores temores se centram na sobrevivência de um filhote de elefante de três meses, que ficou órfão, e cuja foto tentando em vão despertar a mãe morta comoveu a região. O pequeno animal perde peso muito rápido, ressaltaram os defensores dos animais.
Os responsáveis suspeitam que a causa da morte pode ser envenenamento, provavelmente por substâncias que os trabalhadores das plantações de palmeiras de óleo deixam para que os animais não comam os frutos.
Existe o temor de que outros elefantes-pigmeus também estejam mortos, já que esta espécie vive normalmente em grupos de 50 a 60 animais. Masidi Manjun, ministro malásio do Meio Ambiente, prometeu penas de prisão para os culpados.
A organização ecologista WWF-Malásia apontou o grande desmatamento em Bornéu, para abrir espaço às palmeiras de óleo, como a origem do problema, já que, ao reduzir o habitat natural dos elefantes, estes animais precisam competir contra o homem. Segundo o WWF, existem apenas 1.200 elefantes pigmeus de Bornéu em liberdade.
O elefante-pigmeu-de-Bornéu, uma subespécie do elefante-asiático, é considerado ameaçado de extinção, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês)
Fonte: Globo.com
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